sexta-feira, 11 de junho de 2010

Jesus Cristo

Não, eu não acredito.

Eu fui criada no meio de religiosos, não digo daqueles que acordam cedo aos domingos e vão para a igreja, mas sempre ouvi coisas como “Jesus te ama” “Vai com Deus” e outras expressões do mesmo gênero. Minha mãe lê a bíblia antes de dormir, mas pai está sempre cansado demais.
Quando era mais nova, minha mãe resolveu participar de um grupo de orações, eles vinham aqui em casa toda sexta-feira e ficavam rezando, rezando, rezando, ditando o que era certo e errado... Todas essas coisas. Eu participava. Até que um dia eu vi um senhor (Sim, senhor mesmo, deveria ter cerca de uns 70 anos) que sempre participava de nossas reuniões, colocando uma prostituta dentro de seu carro. Eu tinha cerca de 10 anos e já entendia de algumas coisas, uma delas era a “gravidade celestial” disso.
Enfim, não foi por conta do velho falsário que eu desacreditei em Deus. Só que depois de um tempo eu comecei a trabalhar com a lógica e o sentido dela, e o principal: QUESTIONAR.
Uma coisa que eu reparei a pouco tempo atrás (Embora isso tenha acontecido por diversas vezes comigo) é a reação das pessoas, quando em uma conversa sobre religião, eu digo que não acredito em Deus. Elas sentem-se completamente ofendidas, como dizer que não se acredita em Deus é a mesma coisa que dizer que eu gosto de estuprar bebês. Gera raiva, ódio, agonia e todos esses sentimentos que Deus não permite ter.
Fato é, que a maioria dos religiosos adotam suas crenças como uma filosofia de vida. Então, eles vivem em função daquilo, como se Jesus fosse um filho que NECESSITAMOS INTEIRAMENTE proteger. Se um dia, alguém vier na sua casa dizer que seu filho é viado, babaca ou algo assim, você irá ferver e querer voar (Literalmente) na cabeça do boçal que disse isso. Mesmo sendo contra sua bela, religiosa e pura filosofia de vida.

Entende o que quero dizer?

Tudo bem, mas irei continuar mesmo assim.

O que mais me irrita não é o fato das pessoas acreditarem e idolatrarem uma coisa que não existe e que está ali somente para manipula-nos, e sim o fato delas vestirem essa camisa de bondade, Jesus, andarem com uma tatuagem enorme no braço dizendo “Deus é fiel” (Jesus condena tatuagem também, vide bíblia), dizerem para homossexuais que eles iram para o inferno e blábláblá. Daí quando chega em casa, ele passa a mão na filha, depois traí a esposa com um travesti. Mas ele é melhor do que eu, afinal, ele acredita em Deus.
Hoje na escola, uma menina me disse “Ah, você não acredita em Deus porque é sapatão. Todas essas meninas aí que gostam de lamber vaginas (Sim, eu ouvi isso.) desconhecem a palavra de Deus.” Bom, quando ela terminou de falar eu me recordei de um episódio super constrangedor, que aconteceu em meados do ano passado, quando ela veio me perguntar como ela poderia fazer um aborto. Pois havia transado com o primo e não poderia ter o filho.

(Gente, estou aqui contando podres gerais.)

E hoje ela veio me julgar por que eu sou homossexual (Sapatão e viado não é orientação sexual, ok?) e ateísta. Eu mereço.
Enfim, o que vale ressaltar é que eu sou contra fanatismo de qualquer espécie, e também não acho que ninguém tem o direito de machucar as outras pessoas somente por elas pensarem diferente.

Outro dia eu digo sobre minha teoria da caixinha de pensar, mas agora eu estou com preguiça e acho que para abertura de um blog que eu pretendo não divulgar, esse texto está bom.

Atenciosamente.
Carolina Moreira.

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